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O que pulsa na escola não cabe em planilhas

  • Foto do escritor: Profa. Dra. Patrícia Rodrigues
    Profa. Dra. Patrícia Rodrigues
  • 27 de mar.
  • 2 min de leitura

“...e é justamente o que não cabe em planilhas que mais ensina...”


Essa frase ecoou em mim nos últimos dias.


Tenho refletido muito sobre o cotidiano escolar. Sobre aquilo que acontece todos os dias entre as paredes da escola, mas que não aparece nos relatórios, não entra nas atas e raramente vira pauta de formação.


Estou falando do que pulsa. Do que é vivido no improviso, sentido no silêncio, escutado no olhar.

Imagem criada por IA.
Imagem criada por IA.

Improvisar é quase um idioma próprio de quem está na gestão escolar. É perceber que vai chover e reorganizar o acolhimento na entrada. É mudar uma escala porque alguém adoeceu. É segurar o choro de um professor no meio do intervalo. É escutar um aluno, mesmo com a agenda cheia de urgências.


Nada disso estava nos livros. Mas é justamente isso que sustenta a escola no seu dia a dia. O que não se escreve, mas se vive.

A escola também vive de planilhas, metas e indicadores — isso é parte da gestão.


Mas não é tudo. Nem de longe.


O que faz a escola acontecer de verdade está nos corredores, nas conversas interrompidas, nos silêncios que exigem atenção, nas decisões que são tomadas mesmo quando nada parece certo. É aquilo que não cabe em protocolo, mas que exige sensibilidade. Que não aparece nos dados, mas que transforma relações. Que não está nos registros, mas que define o clima da escola.


O improviso como sabedoria da gestão


Improvisar não é desorganização. É presença. É escuta. É humanidade.


Na escola, improvisar com responsabilidade é um ato de liderança. É a capacidade de fazer o necessário, mesmo quando nada está previsto. É olhar para as pessoas antes de olhar para o processo. É manter o foco no que realmente importa: o humano que habita a escola.

Eu já improvisei muitas vezes — e continuo improvisando. Foi nesses momentos, aliás, que mais aprendi sobre gestão, sobre relações e sobre mim mesma. Por isso, sigo escrevendo, toda semana, uma newsletter com reflexões como essa. Textos que nascem da prática, da escuta e do que pulsa.


Se você também sente a escola assim, viva e cheia de camadas, te convido a caminhar comigo.


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