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Sobre o desafio de liderar na Gestão Escolar

  • Foto do escritor: Profa. Dra. Patrícia Rodrigues
    Profa. Dra. Patrícia Rodrigues
  • 29 de jan.
  • 2 min de leitura

Estar na gestão da escola é um exercício diário de equilíbrio. De um lado, há as demandas pedagógicas, os projetos, os indicadores. Do outro, uma equipe diversa, com diferentes expectativas, desafios pessoais e profissionais.


E no meio disso tudo, o gestor escolar: conduzindo, acolhendo, cobrando, motivando. Mas quem motiva o gestor? Quem ensina a liderar quando os desafios ultrapassam o planejado?

Liderar não é apenas tomar decisões ou delegar tarefas. É perceber o clima da equipe, entender o que desmotiva um professor, saber como lidar com um conflito antes que ele afete o coletivo. Nem sempre é simples. Há dias em que a resistência aparece em uma fala atravessada, em um olhar desconfiado, no silêncio que diz muito mais do que qualquer palavra.


Outro dia, uma gestora me contou que convocou uma reunião para alinhar alguns pontos da rotina e, no meio da conversa, uma professora interrompeu de forma ríspida: “Isso não vai funcionar, a gente já tentou antes e não deu certo".

A gestora respirou fundo. Poderia ter rebatido no mesmo tom, mas sabia que o problema não era a proposta em si, e sim a resistência que vinha do desgaste da equipe.


Em vez de reagir, perguntou: “O que podemos fazer diferente, então?” A pergunta mudou o rumo da conversa. Ao invés de um embate, abriu-se um espaço para construção conjunta.

E aí surge a grande questão: como construir uma liderança que seja respeitada, sem ser autoritária? Que seja acolhedora, sem se tornar permissiva? O equilíbrio, de novo, se impõe.


Muitos gestores chegam ao cargo sem uma formação específica em liderança. Aprendem na prática, testando abordagens, errando, ajustando. Mas há algo que faz diferença nesse percurso: o olhar para as pessoas. Porque números e relatórios são importantes, mas são as relações que sustentam o trabalho.



Imagem Unsplash
Imagem Unsplash


Então, fica a reflexão: a sua equipe enxerga em você um líder ou apenas um chefe? A forma como você escuta, orienta e decide constrói a percepção que os outros têm da sua liderança. E esse reconhecimento não vem do cargo, mas da maneira como você conduz o dia a dia da escola.


Liderar na gestão escolar é, acima de tudo, aprender continuamente. Aprender sobre os outros, mas também sobre si. Porque, no fim, uma liderança forte é aquela que sabe que não precisa ter todas as respostas, mas que está sempre disposta a perguntar, refletir e crescer.


E para isso, algumas atitudes fazem toda a diferença: ouvir antes de agir, abrir espaço para o diálogo, reconhecer o esforço da equipe, compartilhar decisões sempre que possível e dar o exemplo naquilo que cobra. Liderança não se impõe, se constrói – e isso acontece todos os dias, nas pequenas escolhas e na forma como nos relacionamos com aqueles que caminham ao nosso lado.


E sim, eu sei que o desafio é grande!!!

 
 
 

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